No ano de 2008 sai de Minas Gerais em um ato necessário de emancipação e me instalei na cidade do Recife até o ano de 2017 em um ato necessário de estar próximo ao mar, em um ato necessário de atravessar a margem, deixar fluir, tal como o rio. Durante alguns anos dentro da cidade todas as minhas ações se davam dentro de um interstício de percurso que margeava o rio Capibaribe, atravessar pontes e desembocar no mar. Recife sempre me apresentou como uma paisagem refletida, nostálgica e repetida em meio a uma interação entre rastros, lacunas, esquecimentos, vestígios e acumulação de instantes no qual eu seguia com fruir constante. Um modo de escapar do real, errar em fuga e refletir ficções reais. O líquido tomou forma de foto em três trabalhos. Os três trabalhos foram divididos em “cidade duplaFace”, 2009 à 2012. “Olho composto [work in progress] início do trabalho 2009. “Precipitação”, 2014.